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Síndrome do impostor: compreenda os sintomas e descubra caminhos para a superação

A saúde mental tornou-se essencial para o sucesso e bem-estar dos profissionais. Em um ambiente de trabalho cada vez mais exigente, muitas pessoas enfrentam desafios emocionais que afetam sua autoestima e desempenho. De acordo com uma pesquisa da Gallup, 46% dos trabalhadores brasileiros se sentem estressados, 25% relatam sentir tristeza e 18% enfrentam raiva com a mesma frequência. Esses dados evidenciam o impacto que questões emocionais têm sobre a produtividade e qualidade de vida no ambiente corporativo. 

Dentro desse contexto, a síndrome do impostor se destaca como um fenômeno psicológico que afeta até mesmo profissionais qualificados e com grandes conquistas. Ela se caracteriza pela sensação de inadequação e pelo medo constante de ser “descoberto como uma fraude”, mesmo diante de resultados tangíveis. Esse transtorno pode acometer qualquer pessoa, mas é particularmente prevalente entre mulheres e profissionais de destaque, e tem se tornado cada vez mais visível no ambiente corporativo. 

A síndrome do impostor prejudica não apenas a autoestima, mas também o desempenho profissional. Afinal, profissionais que a vivenciam tendem a descreditar de suas próprias habilidades e conquistas, atribuindo seus sucessos à sorte ou a fatores externos. Essa insegurança pode impedir o crescimento e a realização profissional. Continue a leitura para entender mais sobre a síndrome do impostor, seus sinais e como superá-la. 

O que é a síndrome do impostor?  

A síndrome do impostor é uma condição psicológica caracterizada por pensamentos e crenças disfuncionais, originados de um padrão de vulnerabilidade individual. Embora não seja classificada como um transtorno psiquiátrico, ela reflete uma percepção distorcida de si mesmo. 

Estima-se que cerca de 70% das pessoas experienciam a síndrome do impostor em algum momento da vida, e isso ocorre especialmente com aquelas que se destacam em suas carreiras e alcançam grandes conquistas. 

Embora possuam evidências claras de sua competência, essas pessoas frequentemente se veem como fraudulentas, temendo que seus “segredos” sejam revelados a qualquer momento. Essa sensação de não pertencimento pode afetar não apenas a vida profissional, mas também a pessoal, gerando um impacto significativo na saúde emocional e mental. 

O conceito foi introduzido pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes em 1978, que inicialmente o observaram em mulheres bem-sucedidas que não conseguiam se perceber como competentes, apesar de seus êxitos. No entanto, com o passar do tempo, ficou claro que essa síndrome não é exclusiva de um gênero ou perfil específico, qualquer pessoa, independentemente do contexto ou do nível de sucesso, pode ser afetada por ela, tornando-se um fenômeno psicológico cada vez mais reconhecido em diversas áreas. 

Entre os principais sintomas, destacam-se a constante dúvida sobre as próprias habilidades, o medo irracional de ser exposto como uma fraude e a sensação de não merecer os êxitos conquistados. Embora os resultados evidenciem competência, quem sofre da síndrome tende a atribuir suas vitórias a fatores externos, como sorte, em vez de reconhecer o mérito próprio. Esse padrão de pensamento pode gerar um ciclo vicioso de ansiedade, prejudicando a autoestima e afetando negativamente o desempenho no trabalho. 

Sintomas comuns da síndrome do impostor 

A síndrome do impostor não se manifesta da mesma forma em todas as pessoas, mas certos sintomas são comuns. Confira os principais sinais dessa condição: 

Autossabotagem e procrastinação 

Um dos sintomas mais comuns da síndrome do impostor é a autossabotagem. Indivíduos afetados frequentemente se sentem incapazes de atingirem suas metas ou alcançarem o sucesso. Isso pode levar à procrastinação, onde a pessoa adia suas responsabilidades por medo de não ser capaz de cumprir com os padrões autoimpostos. Assim, esse comportamento acaba intensificando a insegurança e a sensação de incompetência, tornando mais difícil a progressão na carreira. 

Perfeccionismo excessivo e medo de falhar 

O perfeccionismo excessivo é uma característica frequentemente observada naqueles que sofrem com a síndrome do impostor. A pessoa estabelece padrões elevados e muitas vezes irreais para si mesma, acreditando que apenas um trabalho “perfeito” é aceitável. Assim, o medo de falhar pode paralisar a ação, levando ao estresse e à ansiedade. Dessa forma, esse ciclo de perfeccionismo e medo pode prejudicar a performance e a autoestima, pois o indivíduo acredita que qualquer erro é uma prova de sua incompetência, ignorando suas conquistas. 

Dificuldade em aceitar elogios e reconhecer realizações 

Outro sintoma notável da síndrome do impostor é a aversão a elogios. Mesmo quando o trabalho realizado é admirado pelos outros, a pessoa afetada frequentemente minimiza suas próprias conquistas, atribuindo-as à sorte ou a fatores externos. Esse comportamento é um reflexo da dificuldade em internalizar o sucesso e reconhecer o próprio valor. Neste cenário, em vez de se orgulhar de suas realizações, o indivíduo tende a se vê como alguém que teve “sorte” ou “circunstâncias favoráveis”, o que reforça a sensação de não merecimento. 

Quais os impactos da síndrome do impostor na vida profissional? 

A síndrome do impostor pode afetar de diversas maneiras a vida profissional de uma pessoa, gerando consequências que vão desde a redução da produtividade até o comprometimento da saúde mental. A seguir, são destacados alguns dos principais impactos dessa condição no ambiente de trabalho: 

Problemas na autoestima e na produtividade 

A síndrome do impostor tem um impacto direto na autoestima de quem a vive. Profissionais com essa condição frequentemente questionam suas habilidades e capacidades, mesmo quando apresentam resultados excepcionais. Esse sentimento de inadequação pode levar a uma queda significativa na autoconfiança, comprometendo a produtividade.  

Quando alguém não acredita em seu próprio valor, a insegurança tende a paralisar as ações, levando ao atraso das entregas e à falta de iniciativa. Além disso, o medo de ser “desmascarado” pode fazer com que a pessoa se dedique excessivamente as tarefas, sem perceber que o esforço não está sendo canalizado de forma eficiente. 

Esgotamento emocional, estagnação na carreira e conflitos internos 

As consequências da síndrome do impostor podem se estender ao esgotamento emocional e à estagnação na carreira. Afinal, a constante sensação de não ser bom o suficiente pode gerar um nível de estresse e ansiedade elevados, que podem culminar em esgotamento mental, conhecido também como burnout. Esse quadro é agravado quando o profissional se vê incapaz de avançar em sua carreira, devido à falta de autoconfiança e à dificuldade em aceitar e procurar novas oportunidades. Dessa forma, a síndrome também pode gerar conflitos internos, já que o indivíduo sente um conflito entre o desejo de ser reconhecido e o medo de falhar, levando a uma postura defensiva e até ao isolamento no ambiente corporativo. 

Exemplos práticos de situações comuns no ambiente corporativo 

No ambiente corporativo, a síndrome do impostor pode se manifestar de diversas formas, tornando o trabalho mais desafiador e insustentável. Um exemplo comum é a pessoa que recusa uma promoção ou um novo projeto de grande visibilidade, acreditando que não possui as competências necessárias para lidar com a função, mesmo sendo a escolha ideal para o cargo. Outro exemplo são os profissionais que, ao receberem elogios, imediatamente os descartam, acreditando que o reconhecimento é infundado ou devido a fatores externos, como a sorte. Além disso, muitas vezes essas pessoas assumem responsabilidades além de sua capacidade para compensar a sensação de não estarem fazendo o suficiente, resultando em sobrecarga de trabalho e, eventualmente, em uma queda na qualidade das entregas. 

Quais fatores contribuem para a síndrome do impostor?  

A síndrome do impostor é frequentemente desencadeada por uma combinação de fatores que se interligam e reforçam a sensação de inadequação. O contexto cultural e social, por exemplo, tem um papel decisivo nesse processo. Certos grupos, como mulheres, pessoas que tiveram baixo acesso à educação ou que enfrentam barreiras financeiras e culturais, tendem a sofrer mais com essa sensação de inadequação. Afinal, mesmo que já tenham alcançado êxito em suas carreiras, essas pessoas frequentemente se veem em desvantagem, comparando-se com padrões de excelência que parecem distantes de sua realidade. 

Além disso, o ambiente de trabalho desempenha um papel chave na manifestação dessa condição. A falta de feedbacks positivos ou, por outro lado, o excesso de críticas construtivas pode gerar insegurança e aumentar a autocobrança. Dessa forma, quando os profissionais não recebem o devido reconhecimento ou são constantemente criticados, é natural que comecem a duvidar de suas competências. Isso, por sua vez, reforça a síndrome do impostor, pois o indivíduo sente que, apesar de seus esforços, não está atingindo as expectativas. 

Por outro lado, a personalidade e o histórico individual de cada pessoa também contribuem para o surgimento da síndrome do impostor. Traços perfeccionistas estão fortemente associados a essa condição, já que essas pessoas tendem a estabelecerem expectativas irreais para si mesmos. Ademais, experiências passadas de fracasso ou falta de reconhecimento também ajudam a formar a crença de que suas conquistas são imerecidas, dificultando a superação desse desafio. 

Caminhos possíveis para a superação da síndrome do impostor 

O primeiro passo para superar a síndrome do impostor é reconhecer seus sintomas e aceitá-los sem julgamento. Muitas vezes, as pessoas que enfrentam esse problema sentem dificuldade em admitir seus sentimentos de inadequação. No entanto, ao identificar esses sintomas e aceitá-los, é possível desafiá-los de maneira mais eficaz, o que facilita a superação da síndrome. 

Trabalhe sua autocompaixão 

Desenvolver a autocompaixão é essencial para superar esse processo. Isso envolve tratar-se com gentileza, reconhecendo e valorizando as próprias conquistas, por menores que sejam. Lembre-se que muitas vezes, quem sofre com a síndrome do impostor negligencia seus sucessos; mas é importante celebrar o esforço, pois ele também é uma grande conquista. 

Busque apoio  

Buscar apoio, seja por meio de terapia, mentoria ou rede de suporte, também é fundamental. A terapia ajuda a entender as causas da síndrome, enquanto a mentoria oferece uma visão externa sobre as competências que você possui e as que precisa desenvolver. Neste cenário, ter uma rede de suporte proporciona mais encorajamento e feedbacks positivos, reforçando a confiança nas próprias habilidades. 

Desconstrua crenças limitantes 

Adotar práticas diárias, como celebrar pequenas vitórias e refletir sobre os aprendizados, é muito importante nesse processo. Afinal, essas práticas ajudam a diminuir a autocrítica e fortalecer a autopercepção. Além disso, trabalhar na reestruturação das crenças limitantes pode ajudar a aumentar a confiança e promover a superação da síndrome do impostor. Abandone os pensamentos que não contribuem para o seu crescimento, você tem o poder de escolher transformar sua realidade. 

Como as empresas podem ajudar a reduzir a síndrome do impostor? 

As empresas têm um papel essencial na superação da síndrome do impostor, principalmente por meio da liderança e do apoio psicológico aos colaboradores. Líderes podem contribuir significativamente ao oferecer feedbacks construtivos e reconhecimento. Isso ajuda a reforçar a autoconfiança dos profissionais, diminuindo os sentimentos de inadequação. Afinal, quando o trabalho é reconhecido e valorizado, os colaboradores se sentem mais seguros para crescerem e se destacarem em suas funções. 

Além disso, criar um ambiente de trabalho inclusivo e acolhedor é muito importante. Empresas que promovem uma cultura de respeito e aceitação oferecem um espaço seguro para os talentos expressarem suas preocupações. Essa inclusão vai além da diversidade e envolve aceitar as dificuldades emocionais, o que permite que os profissionais se sintam mais amparados e confiantes em seu desempenho. 

Dessa forma, incentivar o cuidado com a saúde mental também é fundamental. Programas de bem-estar corporativo, como terapia online, podem ajudar a aliviar os impactos da síndrome do impostor. A Hire Now Company®, por exemplo, oferece acesso à plataforma Conexa, permitindo que seus funcionários recebam suporte psicológico de forma prática e acessível. Esse investimento no bem-estar mental dos talentos não só melhora a qualidade de vida, mas também impulsiona a produtividade e o engajamento no trabalho. 

Superar a síndrome do impostor é um processo contínuo, mas possível. Reconhecer seus sinais e entender seus impactos é o primeiro passo para conquistar mais autoconfiança. Com as estratégias certas e o apoio adequado, é possível lidar com essa condição e melhorar a autoestima e o desempenho profissional. 

Agora, chegou a hora de refletir sobre como a síndrome do impostor tem afetado sua vida pessoal e profissional, e o Blog | HireNow oferece recursos valiosos para apoiar esse processo de desenvolvimento. Explore os conteúdos exclusivos e aproveite as dicas e insights. 

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